Acabei de receber um e-mail de um colega belga comentando sobre o cancelamento do show da banda inglesa de neofolk Death in June, em seu país. O motivo não é novidade, porém não deixa de ser desagradável aos fãs e provavelmente à banda, que repassou em sua página do Facebook o seguinte recado:
Infelizmente nós informamos que os shows da Death in June na sexta-feira dia 30 de novembro e no sábado, 1º de dezembro, foram cancelados a pedido e sob pressão das autoridades públicas e da polícia!
Portanto, a organização recebeu uma carta informando que "Performances de bandas com temática ou idéias extremistas não podem ser toleradas!"
Nós tentamos tudo para evitar isso, mas não estamos autorizados e toda explicação não foi apreciada. A organização, então, irá acatar essa decisão e evitar multas e penalidades.
Os ingressos serão ressarcidos.
Mais um exemplo de confusão entre arte e política e como bandas com tal posição podem acabar encurraladas por decisões de força maior, provindas de autoridades. Para encerrar, deixo novamente uma citação do líder da banda, Douglas Pearce, a respeito desse tipo de acontecimento.
Toda arte, seja em forma de música, literatura, pintura etc que se preze deve estar aberta à interpretação. Dessa forma, essa postura também acaba gerando atribuições erradas; às vezes boas, às vezes ruins. Esta é a natureza da arte que desafia ou confronta o consumidor, ou o consumidor em potencial, a ter outra interpretação. (PEARCE, 2006)
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