The Song I (1981), aquarela, Gottfried Helnwein
"O motivo da criança representa a pré-consciência, o aspecto da infância da psique coletiva"¹ (p.111)
"Graças à interpretação religiosa da 'criança', uma grande parte das evidências que chegaram a nós da Idade Média mostram que a 'criança' não era apenas uma imagem tradicional, mas uma visão espontaneamente vivenciada (a tão chamada 'irrupção do inconsciente'). Estou me referindo à visão de Mestre Eckhart do 'garoto nu' e do sonho de Irmão Eustachius"² (p.106).
The Murmur of the Innocents 5 (2009), tinta a óleo e acrílica em tela, Gottfried Helnwein
"Na realidade psicológica, no entanto, a idéia empírica da 'criança' é apenas o meio (senão o único existente) de expressar um fato psíquico que não pode ser formulado mais precisamente. Por isso, da mesma forma que a idéia mitológica da criança é enfaticamente não uma cópia da criança empírica, mas um símbolo claramente reconhecível como tal: em circustâncias totalmente extraordnárias e não - este é o ponto - uma criança humana. Suas façanhas são milagrosas ou monstruosas, assim como sua natureza e composição física. Simples e unicamente por conta dessas propriedades altamente não-empíricas, é totalmente necessário falar de um motivo da criança"³ (p.111)
JUNG, Carl G.; KERÉNYI, C. Introduction to a Science of Mythology. The myth of the divine child and the mysteries of Eleusis. Londres: Routdledge & Kegan Paul LTD, 1951
1. The child-motif represents the pre-conscious, childhood aspect of the collective psyche (p.111).
2. Thanks to the religious interpretation of the "child", a fair amount of evidence has come down to us from (p.107) the Middle Ages, showing that the "child" was not merely a traditional figure, but a vision spontaneously experienced (as a so-called "irruption of the unconscious"). I am thinking of Meister Eckhart's vision of the "naked boy" and the dream of Brother Eustachius.
3. In psychological reality, however, the empirical idea "child" is only the means (and not only one) to express a psychic fact that cannot be formulated more exactly. Hence by the same token mythological idea of the child is emphatically not a copy of the empirical child, but a symbol clearly recognizable as such: quite extraordinary circumstances, and not - this is the point - a human child. Its deeds are as miraculous or monstrous as its nature and physical make-up. Simply and solely on account of these highly unempirical properties is it necessary to speak of a "child-motif" at all (p.111).
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