terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gottfried Helnwein: O artista como antagonista da sociedade


"Como artista, você deve procurar a solidão, por dentro. Em algum momento, você deve superar as convenções, essas doutrinas, tudo que não faz sentido e seguir seu próprio caminho. Não há saída. Assim, o artista será sempre, até certo ponto, o antagonista da sociedade. Ele sempre parecerá suspeito. Sempre estará nos limites da ilegalidade ou pelo menos do embaraço. É inevitável. Mas um artista também vive dentro da sociedade, e seus trabalhos refletem essa sociedade, o tempo, seus medos, seus desejos, a loucura, a falta de sentido, expressando isso em sua arte. Então ele precisa estar firmemente enraizado em sua sociedade. O artista anda por uma corda bamba entre a criação de seu próprio universo fora da sociedade, enquanto permanece até certo ponto dentro dela. Essa é a grande questão... é o trabalho de Sísifo de cada artista."
Gottfried Helnwein. Silence of Innocence (Claudia Schmid, 2009)


"As an artist you must seek solitude, inside. At some stage you must overcome these conventions, overcome these dictates, this nonsense and go your own way. There is no escape. Therefore the artist will always be to some extent the antagonist of society. He'll always seem suspect. He'll always be bordering on illegality, or at least on embarrassment. It's inevitable. But an artist also lives within society, and his work reflects this society, time, its fears, its desires, the madness, the nonsense, expressing it in his art. So he must also be firmly rooted in society. The artist performs a tight-rope walk between creating his own universe outside society, while remaining to some extent within society. That's the great issue... the Sisyphus task of every artist."

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